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Alvinegro mantém a invencibilidade no Engenhão sob o comando de Ney Franco diante do Goiás
 

O Botafogo bateu o Goiás com autoridade no Engenhão (Crédito: Shana Reis)
 
André Casado 
RIO DE JANEIRO 
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Coube a Túlio, que lembrou aquele que um dia foi chamado de Maravilha, a missão de manter a invencibilidade de Ney Franco no Engenhão pelo Botafogo. Com os dois gols no jogo, ambos marcados por meio do volante, a equipe alvinegra bateu o Goiás, nesta quarta, e se aproximou ainda mais do G4, meta do comandante. Já o Esmeraldino, combalido, despenca na tabela de classificação.

Como de costume, o Botafogo começou mal a partida, errando passes e forçando jogadas individuais, sobretudo com Carlos Alberto, que sofria forte marcação no meio-de-campo. O esquema proposto por Ney Franco, que dera certo nos 45 minutos finais diante do Flamengo, parecia sucumbir às dificuldades de engrenar no início do jogo constantemente mostradas pelo Botafogo.

Aos poucos, porém, Wellington Paulista ia conseguindo escapar das incontáveis botinadas cravadas pela retaguarda esmeraldina, que logo estava toda pendurada por cartões. Lucio Flavio, por sua vez, passava a conduzir a equipe com mais eficácia e Túlio, o elemento surpresa, se tornava decisivo para a história do primeiro tempo.

Primeiro, aos 27, ao receber passe de Jorge Henrique, driblar Ramalho e emendar com força. Por sorte, a bola desviou em Rafael Marques e encobriu o goleiro Harley, adiantado. Mais tarde, aos 44, em jogada parecida, só que dessa vez sem auxílio da zaga: 2 a 0.

Antes, o Botafogo ainda perdeu, novamente por lesão, o lateral Alessandro, com um problema na clavícula. Thiaguinho entrou em seu lugar. O Goiás tentou esboçar uma reação, através de Ramalho e Henrique, ambas abafadas por Castillo.

Insatisfeito com o desempenho de sua equipe, o técnico Hélio dos Anjos promoveu duas alterações no intervalo. Trocou de lateral esquerdo - Thiago Feltri entrou na vaga de Júlio César - e desmontou o esquema com três zagueiros, ao pôr o atacante Rinaldo no lugar do perdidinho ex-alvinegro Rafael Marques.

É verdade que o Goiás melhorou, chegando com perigo sobretudo em jogadas de bola parada - numa delas, Iarley acertou o travessão de Castillo. Mas era o Glorioso de Ney Franco que seguia criando as principais chances, ora por meio de Túlio, irresistível, ora com Carlos Alberto, que chegou a driblar metade da defesa alviverde em certa oportunidade, mas chutou para fora. 

De oito pendurados antes do jogo, Ney teve o prejuízo de três jogadores para encarar o Atlético Paranaense, domingo. Carlos Alberto, Wellington Paulista e Triguinho, que acabou sacado para que Eduardo, provável substituto, fosse testado.

Ainda houve tempo para que Ernando fosse expulso, provando a fama de time indisciplinado do Goiás, e para que o Fogão tivesse um gol bem anulado, de Wellington Paulista, em cima da linha, após tentativa de Renato Silva. No fim, mais uma vitória sem dificuldades do invencível Botafogo de Ney Franco no Engenhão. 

FICHA TÉCNICA:
BOTAFOGO 2 X 0 GOIÁS

Local: Engenhão, Rio de Janeiro (RJ)
Data-Hora: 30/7/2008 - 20h30 (de Brasília)
Árbitro: Luiz Flávio de Oliveira (SP)
Auxiliares: Evandro Luís Silveira (SP) e Marcelino Tomaz de Brito Neto (SP)
Renda/público: R$ 133.485,00 / 15.798 pagantes

Cartões amarelos: Carlos Alberto, Wellington Paulista e Triguinho (BOT); Rafael Marques, Ernando, Henrique e Thiago Feltri (GOI)
Cartões vermelhos: Ernando, 35´/2ºT (GOI)
Gols: Túlio, 27'/1ºT (1-0); Túlio, 44'/1ºT (2-0)

BOTAFOGO: Castillo, Renato Silva, Andre Luis e Triguinho (Eduardo, 32´/2ºT); Alessandro (Thiaguinho, 36´/1ºT), Túlio, Diguinho, Lucio Flavio e Carlos Alberto; Jorge Henrique (Gil, 19´/2ºT) e Wellington Paulista - Técnico: Ney Franco.

GOIÁS: Harlei, Rafael Marques (Rinaldo, intervalo), Henrique e Ernando; Vitor, Ramalho, Fernando, Paulo Baier (Adriano Gabiru, 26´/2ºT), Romerito e Júlio César (Thiago Feltri, intervalo); Iarley - Técnico: Hélio dos Anjos.